11 de fevereiro de 2011

Estas coisas que me inquietam...


Esta coisa de ser mortal, de se envelhecer, do tempo passar e não voltar nunca mais tem muito que se lhe diga.
Perante estes factos assustadores, como é que nos mantemos saudáveis a nível psicológico quando tomamos alguma decisão importante? Eu, que tenho um "quê" de tresloucada, perco noites (*drama queen alert*, não são noites, são minutos antes de adormecer solenemente) a pensar nisto. E entro um poucoxito em pânico. Há algum seguro contra arrependimentos?

PIOR QUE TUDO ISTO é existir um documento que valida os meus traumas pré-existentes. A minha avó compra todos os anos uma espécie de almanaque. Às vezes é um chamado "O Seringador", e outras é um outro cujo nome não me recordo agora. Ora então, esses livretes trazem informação dos Santos que abençoam todos os dias do ano, das alturas ideias para as colheitas e o camandro e, aquilo que realmente interessa ao mulherio, horóscopos.

Mas não é um horóscopo qualquer que descreva o maravilhoso ano que vamos ter em toda e qualquer área da vidinha. É somente uma descrição da pessoa que nasceu sob o signo tal, diferenciado por género. E pois que eu, que até achava que me safava neste mundo de gente má e incompetente, descobri que vou acabar uma velha solitária, melancólica, perdida nos amores vividos e não vividos.

Posso desesperar já ou devo esperar pelas peles caídas?

uva.

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